Foto ilustrativa: Peter Ilicciev/Fiocruz
Uma menina de 1 ano e 8 meses morreu por suspeita de complicações provocadas pelo Metapneumovírus, em Francisco Beltrão, no Sudoeste do Paraná. A Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) investiga a morte, que aconteceu em 13 de dezembro.
Em nota encaminhada à imprensa, a Sesa afirmou que uma análise do Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen) vai confirmar ou descartar a presença do Metapneumovírus Humano (HMPV) na criança.
"A doença está em destaque nos últimos dias por um suposto aumento de casos na China, o que a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou estar dentro do normal. A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção contra vírus e suas complicações. A vacina da Covid-19 e da Influenza estão disponíveis no SUS e protegem contra as formas graves de doenças respiratórias, reduzindo as hospitalizações e consequentemente o número de óbitos pelas variantes de maior circulação", diz a nota.
Na última sexta-feira (10), OBemdito divulgou um caso de morte provocada pelo metapneumovírus na região de Umuarama. Uma criança de seis anos, moradora do distrito de Eliza, em Xambrê, faleceu em outubro do ano passado no Hospital Norospar, em Umuarama, após ser diagnosticada com metapneumovírus humano (hMPV). O caso, inicialmente tratado como pneumonia, revelou a presença do vírus apenas após resultados laboratoriais. Confira mais detalhes aqui.
O metapneumovírus humano (HMPV) é um vírus respiratório que tem chamado atenção devido ao aumento de casos na China, especialmente entre crianças e adolescentes. Apesar disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reforça que o HMPV não é uma nova ameaça. Ele circula globalmente há bastante tempo, tendo sido identificado no início dos anos 2000.
O HMPV é um vírus respiratório que costuma manifestar-se em períodos de clima mais frio, quando infecções respiratórias são mais frequentes. Ele afeta as vias respiratórias superiores, incluindo nariz, garganta e pulmões. A transmissão ocorre principalmente por: gotículas respiratórias e contato próximo com pessoas infectadas e superfícies contaminadas. Por isso, locais fechados ou com aglomerações aumentam significativamente o risco de contaminação.
Embora o alto número de casos na China esteja associado à grande densidade populacional, em um mundo globalizado, é fundamental monitorar a situação do vírus em outros países, incluindo o Brasil, bem como novas cepas e variantes.
Os sintomas mais comuns do HMPV incluem:
Entretanto, em casos graves, a infecção pode evoluir para pneumonia, especialmente em crianças, idosos e pessoas com comorbidades, como diabetes, obesidade e hipertensão.
O diagnóstico do metapneumovírus é realizado por meio de testes laboratoriais que analisam secreção respiratória e identificam o vírus em um painel viral. Atualmente, não existe uma vacina ou terapia antiviral específica para o HMPV. Assim, o tratamento é sintomático e depende da avaliação médica.
A pandemia da COVID-19 trouxe lições valiosas sobre a prevenção de infecções respiratórias. Dessa forma, medidas simples podem reduzir o risco de contaminação pelo HMPV. Confira!
"A Secretaria de Estado da Saúde está apurando as causas da morte de uma criança no Hospital Regional de Francisco Beltrão. Há suspeita de relação com Metapneumovírus Humano (HMPV) e uma análise do Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen) vai confirmar ou descartar a presença do vírus. Portanto, nesse momento é temerário afirmar que a causa da morte é o vírus
O HMPV é um vírus respiratório comum, que causa infecções nas vias respiratórias superiores e inferiores. Foi identificado pela primeira vez no Brasil em 2004 e usualmente apresenta características gripais leves, podendo eventualmente evoluir para casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). No ano passado mais de mil casos foram registrados no Paraná.
(Informações: Bem Paraná e OBemdito)