No Sul, 49% dizem que Bolsonaro não deve ser preso por tentativa de golpe
Foto: REUTERS/Pilar Olivares
Uma pesquisa da Datafolha aponta que, no Sul do Brasil, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, 49% das pessoas acredita que Jair Bolsonaro (PL) não deve ser preso por tentativa de golpe. Outros 46% responderam que ele deve ir para a cadeia e o restante não soube responder. O levantamento foi divulgado nesta terça-feira (8).
O cenário no Brasil, no entanto, é diferente: 52% dos brasileiros acreditam que o ex-presidente deve ser preso, enquanto 42% dizem que não e 7% afirmam não saber.
No recorte nacional, apesar da maioria ser a favor da prisão de Bolsonaro nesse caso, 52% dos entrevistados afirmam não acreditar que isso irá acontecer. 42% pensam o contrário, e 7% não souberam responder.
Recorte sobre prisão de Bolsonaro por regiões e religiões
Na análise por regiões, no Norte/Centro-Oeste, 47% acham que o ex-mandatário dever ser preso e 45%, não. No Sul, há o inverso: para 49%, ele deve ficar livre, enquanto 46% dizem que não.
Entre evangélicos associados ao bolsonarismo, 54% são contra a prisão e 38% favoráveis. Para os católicos, a maioria diz que ele deve ser preso (55%) e 39%, não.
Para a maior parte daqueles que pretendem votar em Tarcísio de Freitas para presidente (79%), Bolsonaro não deve ir para a cadeia. Entre eles, 62% vê que a prisão não irá acontecer.
Pesquisa Datafolha sobre tentativa de golpe
A pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 3 de abril de 2025. Foram 3.054 entrevistados com mais de 16 anos, totalizando 172 cidades. O levantamento foi publicado no jornal Folha de S Paulo e tem margem de erro de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos.
A pesquisa ocorre após a Primeira Turma Supremo Tribunal Federal (STF) ter determinado a abertura de ação penal contra Jair Bolsonaro e outras sete pessoas, tornando-os réus em um processo por tentativa de golpe de Estado. O ex-mandatário tenta reverter o cenário, pressionando pela aprovação de um projeto que anistia os condenados pela Corte pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Fonte: Ric Mais