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Josef Fritzl, condenado em 2009 por manter a filha Elisabeth como escrava sexual por 24 anos, poderá ser transferido de uma unidade psiquiátrica para uma prisão comum, conforme decisão de um tribunal austríaco em maio de 2024. O crime aconteceu em Viena, na Áustria. Os abusos sexuais resultaram no nascimento de sete filhos.
A corte considerou que, devido à idade avançada de Fritzl, atualmente com 90 anos, e ao declínio de sua saúde mental, ele não representa mais uma ameaça que justifique sua permanência em detenção psiquiátrica.
O advogado de Fritzl, Astrid Wagner, tem defendido sua libertação, argumentando que ele necessita de terapia especializada devido à demência progressiva. Wagner expressou o desejo de que Fritzl experimente a sensação de liberdade antes de sua morte.
Contudo, a possibilidade de libertação de Fritzl enfrenta resistência significativa. Em março de 2024, uma decisão anterior que permitia sua transferência para uma prisão comum foi anulada por um tribunal superior em Viena, que solicitou uma avaliação mais detalhada de sua condição antes de qualquer mudança em seu status de detenção.
Além disso, relatos indicam que Fritzl mantém delírios sobre sua recepção pública, acreditando que será saudado por multidões celebrando sua libertação. Essas ilusões são vistas como reflexo de seu estado mental deteriorado.
Diante da gravidade de seus crimes e do impacto duradouro sobre as vítimas, é improvável que Fritzl seja libertado em breve. As autoridades continuam a avaliar cuidadosamente sua condição e o risco potencial que ele representa para a sociedade antes de tomar qualquer decisão sobre sua possível libertação.